
Promotores do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) encontraram uma fortuna escondida em uma casa em Itaipava, na região serrana do Rio, que pertence ao ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, preso hoje por suspeita de integrar uma organização criminosa que fraudou contratos de compras de respiradores.
Os agentes já contabilizaram ao menos R$ 6 milhões em espécie, mas ainda não é possível aferir o valor total. O UOL teve acesso a fotos e um vídeo que mostra as cédulas de R$ 50 e R$ 100 sendo contadas pelo MP-RJ.

As investigações da Operação Mercadores do Caos miram o que seria, na visão dos promotores, uma quadrilha para fraudar a compra de respiradores para vítimas do novo coronavírus, feita em caráter emergencial e sem licitação.
De acordo com os promotores, houve um conluio entre pessoas em posição de comando na SES (Secretaria Estadual de Saúde) e empresários para direcionar os contratos emergenciais e desviar recursos públicos. Três empresas foram escolhidas para fornecer os equipamentos, em contratos que somam R$ 180 milhões, mas nenhum respirador foi entregue.
Na primeira fase da operação, deflagrada no começo de maio, Gabriell Neves, número dois do ex-secretário na pasta, foi preso. A prisão de Edmar é um desdobramento da investigação.
De acordo com o MP, Edmar diz desconhecer a existência de um esquema de fraudes para compra dos equipamentos. Na última segunda-feira (6), ele se manteve em silêncio em depoimento por videoconferência para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), alegando seguir instruções dos seus advogados.
Procurada pelo UOL logo após a prisão, a defesa de Edmar Santos afirmou que não se manifestaria neste momento.
Edmar foi preso em sua casa no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos numa outra casa dele, em Itaipava, na região serrana, onde foi encontrada a fortuna.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. Segundo o MP, houve autorização da Justiça para acesso e extração de conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como celulares, computadores e pen drives, inclusive de registros de conversas telefônicas ou telemáticos, como mensagens via SMS ou aplicativos como WhatsApp.
A Justiça também autorizou a apreensão judicial de bens e valores de Edmar de cerca de R$ 37 milhões, o equivalente aos recursos desviados em três contratos fraudados para compra dos equipamentos médicos
fonte: Notícias UOL
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