
Mais uma vez a gestão pública da cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi posta a prova e atestou a sua incapacidade administrativa, diante dos graves problemas enfrentados diariamente pela população, sobretudo no que tange a saúde e as diversas denúncias envolvendo o Hospital Municipal (HMSF).
Na última sexta-feira (13/09), os vereadores da bancada de oposição Sandro Moreira, Alfredo Assis e Laércio Valentim estiveram visitando a unidade hospitalar, no sentido de apurar denúncias de falta de medicamentos, material hospitalar e outras irregularidades, mas foram impedidos de entrar na farmácia e percorrer as dependências do hospital pelo próprio prefeito Diógenes Tolentino, que ao saber da presença inesperada dos vereadores, foi pessoalmente ao HMSF para barrar a vistoria.
Na oportunidade, o prefeito alegou que não haviam motivos para o edis visitarem a unidade de saúde de “supetão”. Ainda, segundo Dinha Tolentino, o objetivo da oposição era tirar o foco da inauguração das obras no Tanque do Coronel. Mas, a justificativa do alcaide além de não soar muito bem, também não convenceu a população.
Em se tratando de uma grave denúncia, que por sua vez coloca em questão a ingerência da empresa terceirizada que administra o hospital (APMI) e diante da disponibilidade dos vereadores em apurar os fatos, não seria mais correto o prefeito se juntar ao grupo e ir ver de perto a veracidade da denúncia? Ou o prefeito tem conhecimento da situação real e quer mascarar as demandas da saúde?
Fato é que a situação de quem depende do sistema único de saúde (SUS) em Simões Filho fica cada vez mais precária. E, como diria o ditado: o povo aumenta, mas não inventa. Uma seleção de fotos enviadas de forma anônimo á reportagem do Tabuleiro Baiano no fim da tarde do último sábado (14) comprovam as suspeitas levantadas pelos vereadores e as queixas dos pacientes que têm retornado para casa sem atendimento.

Juntamente com as fotos, o denunciante anônimo descreveu que as imagens foram feitas por um funcionário do próprio hospital que, assim como os munícipes, está revoltado com o descaso da prefeitura e as manobras do Executivo para tentar manipular a realidade sem tomar as medidas cabíveis, necessárias e corretas.
Mais denúncias
Acontece que os problemas do hospital não se resumem a falta de remédios básicos. Também há relatos de cirurgias eletivas que foram canceladas por falta de materiais hospitalares e a higienização adequada dos roupões usadas pela equipe médica e pelos pacientes durante as cirurgias. Segundo informações, a maquina que faz a esterilização do material está quebrada e esses roupões estão sendo higienizados fora do hospital, sem nenhuma garantia de que o procedimento está sendo feito da maneira correta, colocando em risco as vidas dos pacientes. Sem falar nas condições precárias de trabalho que os funcionários do hospital estão sendo submetidos.
O que mais impressiona em todo esse caos instaurado no município é que, se a prefeitura tem um contrato milionário com uma empresa terceirizada que administra o hospital, nada mais comum que o prefeito, juntamente com o legislativo fiscalize a atuação da empresa e cobre a execução devida do contrato. Mas, ao invés disso, Dinha preferiu se omitir mais uma vez e impedir que os vereadores da oposição exercessem seu papel de legítimos representantes do povo.




fonte: tauleiro bahia
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