Grupo argumenta que condutas de Bolsonaro revelam sabotagens e subterfúgios para retardar ou frustrar o processo de vacinação no contexto da pandemia
Redação
Foto: Isac Nobrega/PR
Um grupo esquerdistas e comunistas formado pelo ex-procurador-geral da República Claudio Lemes Fonteles e os ex-procuradores Federais dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat, Alvaro Augusto Ribeiro Costa e Wagner Gonçalves pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereça denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro. Em um documento de sete páginas direcionado ao PGR Augusto Aras, os membros do Ministério Público Federal apontam como motivo a conduta do chefe do Executivo no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
De acordo com informações da coluna de Fausto Macedo no jornal O Estado de S.Paulo, os ex-procuradores argumentam que as condutas de Bolsonaro revelam sabotagens e subterfúgios para retardar ou frustrar o processo de vacinação no contexto da pandemia.
“Jair Bolsonaro sempre soube das consequências de suas condutas, mas resolveu correr o risco. O caso é de dolo, dolo eventual, e não culpa”, diz o grupo no documento.
Os ex-procuradores citam entre as condutas: discursos contra a obrigatoriedade de vacinação; dúvidas sobre a eficácia das vacinas; ausência de providências necessárias para a distribuição das vacinas pelo país; imposição de obstáculos para produção e aquisição de insumos; ausência de resposta do governo brasileiro à proposta feita pela Pfizer. Também são citadas a apologia ao uso de medicamentos comprovadamente ineficazes; e má utilização de recursos públicos com a produção de cloroquina e hidroxicloroquina pelo Exército.
A postura do presidente Bolsonaro diante da crise sanitária também foi motivo de dois pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados nesta semana. O primeiro deles, por líderes religiosos. O segundo, pela oposição.
from Ebahia News https://ift.tt/2L1Ooy9
COMMENTS