O prefeito tem ajudado na resolução do problema, mas ‘poderia ajudar mais’, diz o diretor de comunicação da categoria
A paralisação dos rodoviários desta terça-feira (29), em Salvador, tem como um das principais reivindicações a indenização dos rodoviários que foram afetados pela extinção da Concessionária Salvador Norte (CSN), hoje integrada aos consórcios Integra Plataforma e OTTran, que assumiram as linhas operadas pela empresa.
O contrato entre a CSN e a prefeitura de Salvador foi rescindido em 27 de março de 2021, após o prefeito Bruno Reis (UB) indicar que um relatório de auditoria apontou diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da concessionária. Segundo o município, o total da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões.
De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, vereador Tiago Ferreira (PT), o prefeito Bruno Reis tem ajudado na resolução do problema entre trabalhadores e o antigo consórcio, mas ‘poderia ajudar mais’.
“Apresentamos como um ponto prioritário (da mobilização desta terça) a resolução do problema da CSN, que é a indenização dos rodoviários. Houve o compromisso do prefeito (Bruno Reis) em ajudar, e tem ajudado, mas acho que ainda precisa ajudar mais.”, avaliou o edil. “Na nossa opinião, tem ajudado ainda pouco porque precisa resolver o problema”, endossou.
Em março de 2021, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o leilão de um terreno da Viação Rio Verde, que pertence a sócios da CSN, avaliado em R$ 12,3 milhões, para pagar as dívidas trabalhistas juntos aos rodoviários. No entanto, não houve, desde então, interessados em arrematar a área.
“A demora é vender mesmo”, disse Tiago Ferreira. “Obviamente que a gente já gostaria que tivesse resolvido tudo, que a gente já tivesse vendido todos os terrenos, mas com a situação que vive no país, a gente não encontra compradores fácil de terrenos avaliados em R$ 20 milhões em qualquer esquina”, explicou.
“A gente tem procurado o próprio prefeito, que tem relações com empresários do setor de construção civil, como é o caso da MRV, que tem interesse em um dos terrenos, assim como outros segmentos. Mas até então não foi concretizado (a venda), mas o sindicato tão certo que está empenhado que colocou nas suas negociações com a antiga CSN esses imóveis para ser a garantia do pagamento dos rodoviários”, emendou o vereador.
Segundo Tiago Ferreira, em caso de êxito na venda dos terrenos, trabalhadores que foram demitidos pelo antigo consórcio serão os primeiros beneficiados e depois rodoviários que, mesmo após a extinção da empresa, foram reintegrados, mas ainda não receberam sua rescisão.
Fonte: Bahia.ba
from Ebahia News https://ift.tt/TV16oDF
COMMENTS