O ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou que o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), preste informações, em até cinco dias, para se manifestar a respeito da ação movida pelo União Brasil, cuja reivindicação pede a anulação da votação que culminou com a segunda reeleição consecutiva do emebista à frente da Casa.
O ofício, assinado por Nunes Marques, que é o relator do caso na Suprema Corte, foi protocolado na última quarta-feira (4/5), mas divulgado nesta quinta-feira (5/5) pela assessoria de imprensa do União Brasil.
Na última quarta, já havia sido divulgado no sistema do STF a determinação para que a Câmara prestasse informações a respeito do processo. O prazo dado também foi de cinco dias. O ministro ainda pediu haja manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) e o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O União Brasil entrou com a ação no STF após o rompimento de Geraldo com o prefeito Bruno Reis (UB) e o pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (UB). Numa articulação feita de forma discreta, Geraldo foi anunciado como vice na pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) a governador.
Também discretamente, dias antes de virar a casaca, o emedebista promoveu modificações no regimento interno da Casa e na Lei Orgânica do Município para possibilitar sua segunda reeleição consecutiva a presidente do Legislativo soteropolitano. Após as alterações, ele convocou, às pressas, a eleição da Mesa Diretora, que o reelegeu para o cargo por mais dois anos.
De acordo com a legislação anterior, ele não podia se reeleger. O parlamentar se elegeu na 18ª legislatura e foi reeleito no ano passado, portanto, na 19ª. A reeleição, segundo o antigo entendimento, só poderia acontecer em legislaturas diferentes. Com a mudança promovida nos textos, ele abriu margem para reeleições indefinidas.
Atualmente, Geraldo vive crise de relação com vereadores governistas na Casa. Ex-aliados dele, Duda Sanches e Claudio Tinoco, ambos do União Brasil, vêm fazendo sistemáticas criticas ao presidente da CMS.
Na última segunda-feira (2/5), ao encontrar as portas do plenário da Câmara fechadas, Duda voltou a atacar o ex-aliado. "Em nove anos no Legislativo de Salvador, nunca vi nada parecido. É uma situação absurda que desrespeita tanto o próprio trabalho da Casa quanto o povo da nossa capital. O pior é que estamos vendo pessoas que se acham donas da coisa pública e se apropriam do plenário da Câmara como se fosse seu. Atitude autoritária e vergonhosa".
De acordo com parlamentares da base de Bruno Reis que foram à Câmara, Geraldo convocou sessão, mas não compareceu ao Legislativo - ele cumpria agenda de campanha com Jerônimo em Barreiras, no Oeste da Bahia -. "Estamos cumprindo a convocação da sessão desta terça, dia em que ficou acordado no Colégio de Líderes para a realização de encontros no plenário", frisou Tinoco.
Editor: Fábio ( Favelado )
Crédito NossaFM907
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