Representação contra Glauber foi apresentada na quarta-feira (1º) e encaminhada ao Conselho de Ética por Lira
Nesta quarta-feira (1), o Partido Liberal (PL) entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pedindo a cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) após ele bater boca com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na última terça-feira (31).
A representação contra Glauber foi encaminhada ao Conselho de Ética por Lira, a quem cabe o ato como presidente da Câmara.
No documento, o PL pede a abertura de um processo ético-disciplinar por suposta quebra de decoro parlamentar do deputado do Psol com recomendação da perda de seu mandato. O pedido de cassação é assinado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Na terça, enquanto os deputados votavam no plenário uma Medida Provisória relativa ao fim de incentivos tributários para a indústria petroquímica, Glauber Braga declarou no microfone, quando um representante do Psol foi chamado a se posicionar sobre a matéria: “senhor Arthur Lira, eu queria saber se o senhor não tem vergonha. Gostaria de saber se o senhor não tem vergonha”.
Após série de troca de farpas e momentos de tensão, Lira chegou a ameaçar tomar medidas mais duras, como pedir a retirada de Braga do plenário e acionar o parlamentar no Conselho de Ética. Naquele momento, Lira afirmou que seu próprio partido, o PP, tomaria a atitude do pedido de cassação. Porém, não houve iniciativa por parte do PP.
Além das declarações de Glauber contra Lira, o PL cita outros dois casos de suposta quebra de decoro parlamentar por parte do deputado do Psol.
Um episódio é relativo a falas de Glauber contra o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), ocorrido também no plenário da Câmara em 19 de maio deste ano. O psolista falou que van Hattem seria um bolsonarista “enfeitado” após o deputado do Novo ter supostamente criticado Glauber de forma implícita. Em seguida, os dois passaram a discutir.
O PL ainda cita fala de Glauber contra o deputado Bibo Nunes (PL-RS) no início do mês passado. Na época, Glauber se referiu ao colega como “néscio”, “porcaria”, “defensor de miliciano” e “torturador”, segundo o partido.
O Psol estuda protocolar uma representação contra Arthur Lira no Conselho de Ética ainda nesta quinta. Segundo Sâmia Bonfim, “por autoritarismo, excesso das suas prerrogativas como presidente [da Câmara], ameaça e descumprimento do regimento”.
Fonte: bahia.ba
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