Apesar de descartar marchar ao lado de Lula, ele afirmou que aceitaria apoio do ex-presidente para sua própria candidatura
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro, Ciro Gomes (PDT) descartou qualquer possibilidade de marchar ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive em um eventual segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar disso, o ex-ministro afirmou que aceitaria o apoio do petista para sua própria candidatura.
“Se eu for para o segundo turno contra Bolsonaro? Claro que eu aceito [o apoio de Lula]. O contrário não há mais caminho”, declarou Ciro em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, nesta quarta-feira (27). Reiterando a ofensiva contra o antigo aliado, ele afirmou ainda que “o maior responsável pela tragédia que está acontecendo no Brasil chama-se Luiz Inácio Lula da Silva”.
Ao comentar as críticas de parte da esquerda por ter viajado a Paris, na França, após o primeiro turno das eleições de 2018, ele argumentou que seu partido declarou “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT) contra Bolsonaro.
“Na mesma noite, eu me declarei contra Bolsonaro. Fui para a Brasília, participar da reunião nacional do PDT, declaramos o apoio crítico ao PT ao Haddad e simplesmente exerci um direito meu de não participar do comício. Será que para mim só resta o direito de apoiar gente desonesta?”, justificou Ciro Gomes, que mantém mágoa com os petistas pelo fato de Lula não ter apoiado seu nome em 2018 e ter se colocado como candidato, mesmo inelegível por conta da condenação na Lava-Jato.
“Eles fazem o que fazem comigo e com o povo brasileiro e ainda querem que eu vá fazer campanha do lado deles. Como é que eu dizendo que eles são corruptos, que eles são incompetentes, que eles destruíram o Brasil, que venderam o Brasil para os banqueiros, vou subir no palanque com essa gente?”, ponderou o candidato à Presidência. “Fazer campanha com essa gente? Nunca mais”, destacou.
Fonte: bahia.ba
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