O saldo negativo foi de 33,9 mil trabalhadores em um ano
Após dois anos consecutivos de crescimento e com o saldo positivo no total de empresas ativas, entre 2019 e 2020, o setor de serviços baiano apresentou queda no número de pessoas trabalhando no segmento.
No fim do primeiro ano da pandemia de Covid-19, 502.175 pessoas estavam ocupadas nas empresas de serviços do estado, 6,3% a menos do que em 2019 (536.063 empregados), o que correspondeu a um saldo negativo de menos 33.888 trabalhadores em um ano.
Com isso, o total de trabalhadores no setor em 2020, no estado, era 12,5% menor (menos 71.903 pessoas ocupadas) do que o verificado em 2014 (574.078 ocupados), quando esse número havia chegado ao seu ponto máximo.
No país como um todo, também houve perda de postos de trabalho no setor empresarial de serviços, de 12.837.723 pessoas ocupadas em 2019 para 12.524.340 em 2020 (-2,4% ou menos 313.383 pessoas ocupadas).
Apenas 5 das 27 unidades da Federação apresentaram crescimento no número de trabalhadores, entre 2019 e 2020. Os melhores resultados, em termos absolutos, ficaram com Minas Gerais (+17.576 ou +1,5%), Mato Grosso (+13.894 ou +7,7%) e Paraíba (+2.964 ou +2,8%).
Outro dado é que o crescimento do setor de serviços na Bahia, entre 2019 e 2020, foi puxado, em termos absolutos, pelas empresas de serviços profissionais, administrativos e complementares. Em um ano, elas passaram de 16.238 para 19.183 (mais 2.945 empresas ou +18,1%), e a atividade se tornou líder em número de empresas, no estado. Em 2019, estava na segunda posição, atrás dos serviços prestados às famílias.
Em seguida aparecem as empresas do segmento de atividades imobiliárias, que tiveram o maior crescimento percentual no período (64,6%), passando de 1.582 para 2.604 (mais 1.022 empresas).
No outro extremo, a atividade de serviço que mais diminuiu seu número de empresas, em termos absolutos, foi o grupo dos serviços prestados às famílias, que perdeu 3.924 unidades entre 2019 e 2020, caindo de 17.366 para 13.442 (-22,6%), deixando de ser o segmento com mais empresas na Bahia.
Os serviços prestados às famílias também puxaram a redução de pessoal ocupado na Bahia, entre 2019 e 2020. O setor perdeu 31.047 trabalhadores no ano, caindo de 128.997 para 97.950 (-24,1%).
Além do resultado negativo no emprego, o setor empresarial de serviços baiano também teve, em 2020, queda da receita bruta, após três anos de alta. Ela ficou em R$ 57,813 bilhões, 8,2% menor em termos nominais (sem levar em conta a inflação) que a de 2019 (R$ 62,996 bilhões), que havia sido recorde na série histórica.
A queda absoluta na receita bruta dos serviços baianos (menos R$ 5,2 bilhões) foi a terceira mais intensa do Brasil, menor apenas que as registradas no Rio Grande do Sul (menos R$ 7,6 bilhões) e no Distrito Federal (menos R$ 6,0 bilhões).
Desde 2012, a Bahia se mantém com a sétima maior receita bruta de serviços no país e líder do Norte-Nordeste. Ao longo de toda a série, São Paulo (R$ 870,7 bilhões em 2020), Rio de Janeiro (R$ 235,7 bilhões) e Minas Gerais (R$ 152,1 bilhões) lideram.
De 2019 para 2020, a Bahia caiu na participação na receita bruta total de serviços na região Nordeste após três anos de crescimento, passando de 31,5% para 30,9%.
Além disso, considerando-se um período mais longo, de dez anos, a Bahia é o estado que mais perde participação na receita de serviços do Nordeste, de 34,1% em 2011 para 30,9% em 2020. Nesse intervalo de tempo, o Ceará foi quem mais ganhou participação na receita do setor na região (de 16,0% para 18,2%).
Fonte: bahia.ba
COMMENTS