Rodrigo Boueri disse que o resultado positivo de 1,2% do PIB fará com que o Ministério da Economia revise sua projeção para o indicador este ano

O assessor especial de estudos econômicos, Rodrigo Boueri, declarou nesta quinta-feira (1) que o resultado positivo de 1,2% do PIB no segundo trimestre de 2022 fará com que o Ministério da Economia revise sua projeção para o indicador este ano.
Durante coletiva com a imprensa, o assessor do ministro Paulo Guedes afirmou que, caso a atividade econômica do Brasil estagne no segundo semestre do ano, terminará 2022 com um saldo positivo de 2,4% no PIB.
“A gente não acha que o Brasil vai parar de crescer no terceiro trimestre. Então 2% já está datado, já era, vamos ter que rodar a grade”, ressaltou.
Boueri ainda disse que ainda haveria revisões da Secretaria de Política Econômica e não mostrou projeções.
Para o assessor de Guedes, a atividade econômica já vem sentindo os efeitos da política monetária, que é um dos motivos pelos quais o Ministério acredita que o Brasil continuará crescendo ao longo do ano.
“Para termos um crescimento próximo de zero em 2023, vamos ter que ter uma desaceleração muito grande, um crashlanding, mas os impactos da política monetária já estão aí. Dificilmente vamos ter esse efeito da política monetária devastador e rápida, o BC já está trabalhando nesse processo há bastante tempo”, disse.
Em relação às projeções para 2023, Boueri ressaltou que a política monetária começará a “remar a favor” a partir da segunda metade do ano, e que as previsões sobre o crescimento da atividade econômica do mercado e do próprio governo têm errado “consistentemente”.
“Está todo mundo errando para baixo, errando sistematicamente. Não só o mercado, como o governo também… o que podemos esperar é que a política monetária vai estar remando cada vez menos contra a atividade no decorrer do próximo ano”, disse.
“A partir do terceiro trimestre do próximo ano, ela [política monetária] vai passar a remar a favor. Se agora no pico já estamos crescendo 5% ao ano, anualizado, quando ela parar de remar contra, não porque esperar que vá piorar a atividade econômica”, finalizou.
Fonte: bahia.ba
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