Para o pedetista, eleitor está desorientado "pelo ódio e pela paixão a votar contra o comunismo e contra o fascismo"
O candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, centrou fogo contra a tese do voto útil. Em entrevista ao Correio Braziliense, o pedetista disse se sentir “como um cara objeto de extermínio. Não tem respeito nem pudor, são nazistas mesmo”. Terceiro colocado na maioria das pesquisas, Ciro critica a polarização da atual disputa eleitoral entre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A seu ver, o eleitor está desorientado “pelo ódio e pela paixão a votar contra o comunismo e contra o fascismo”. Ele defendeu que o debate ideológico “não vai botar comida no prato”.
Em contra-ataque, durante entrevista ao apresentador de televisão Ratinho, Lula usou da mesma moeda. “Eu acho que o Ciro está surtando“, afirmou. “Eu vi o Ciro falar para você aqui: ‘não, porque a taxa de juros está muito alta, porque o Brasil pagou 500 bilhões’. Ele foi ministro da Fazenda durante três meses. Você sabe qual era a taxa de juros quando ele foi ministro? 55%.”
Segundo Ciro, “Bolsonaro é um malcriado, bruto, grosseiro, facistóide. Lula é uma pessoa mais afável, mais delicada. Porém, passou daí, é tudo igual. Modelo de governança política, modelo de economia, rigorosamente a mesma coisa”.
Ao Correio Braziliense, Ciro sustentou que só ele tem plano para mudar a “tragédia econômica, e a tragédia de governança política” brasileuras. “O ajuste fiscal disponível para o povo brasileiro estudar e apoiar, ou não, o único que tem é o meu. Só em linha com a melhor literatura, tem R$ 300 bilhões por ano para botar no caixa – R$ 70 bilhões acabam o déficit primário, e os R$ 230 bilhões (restantes) vou pegar uma parte disso para diminuir os impostos sobre a classe média e o povão, e vou aumentar os impostos sobre os super-ricos”.
Fonte: bahia.ba
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