Filho do presidente criticou Douglas Garcia por ‘atitudes inconsequentes visando os holofotes e a autopromoção’ e disse que ações do tipo podem prejudicar a direita
Filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rechaçou a agressão do deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos) à jornalista Vera Magalhães, nesta terça-feira (13), caso que repercutiu negativamente no meio político e gerou críticas de vários presidenciáveis. Na ocasião, o parlamentar afirmou que a profissional é uma “vergonha para o jornalismo”, repetindo termos usados pelo atual chefe do Executivo no debate da Band.
“O que ocorreu ontem após o debate dos candidatos ao Governo de SP é lamentável por muitos motivos. Em primeiro lugar, não há justificativa para provocar uma jornalista e tentar constrangê-la gratuitamente no seu local de trabalho, sem que ela tenha dado qualquer motivo para isso”, declarou o parlamentar, nesta quarta (14), por meio das redes sociais.
Diante dos possíveis prejuízos eleitorais para a campanha do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de SP com apoio de Bolsonaro, Eduardo afirmou ainda que os deputados devem atentar para o risco de atingirem aliados e eleitores por conta de suas ações.
“Já passou da hora de entendermos que, quando somos eleitos para o Congresso Nacional ou para o Legislativo de um estado, não podemos agir como se estivéssemos na internet, já que nossas atitudes têm consequências para os nossos aliados e para nossos eleitores”, disse o parlamentar, apontando irresponsabilidade de Garcia.
“Ninguém constrói nada sozinho na política e essas atitudes inconsequentes visando os holofotes e a autopromoção, além de erradas em si mesmas, podem pôr a perder um trabalho de meses, reforçar estereótipos e trazer prejuízos para todo um grupo político. Neste caso, a direita”, argumentou o filho do presidente, segundo o qual o auditório onde era realizado o debate “não era o local nem o momento mais adequado” para um eventual questionamento à profissional.
“Até porque, como parlamentares, temos meios para questionar, exigir documentos e fazer uma fiscalização eficaz, capaz de sanar qualquer dúvida sem lacradas ou mitadas”, pontuou, reiterando que lamenta o incidente e afirmando que considera “esse tipo de constrangimento gratuito injustificável”.
Fonte: bahia.ba
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