Parlamentares investigam ação e omissão do ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal em atos antidemocráticos

O ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, irá depor nesta segunda-feira (26) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro sobre a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro de 2022 – data em que Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin foram diplomados como na presidente e vice-presidente da República, respectivamente, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O coronel será ouvido pelos deputados e senadores da CPMI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro como testemunha, a pedido da relatora da comissão mista, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O coronel Naime está preso no Complexo Penitenciário da Papuda (DF) desde fevereiro, acusado de omissão no dia 8 de janeiro, quando ocorreram os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, na capital federal.
Já na terça-feira (27), às 9h, será a vez do depoimento do ex-subchefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, coronel Jean Lawand Júnior. O militar aparece em mensagens que foram periciadas pela Polícia Federal, no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Nas conversas telefônicas reveladas, o coronel Jean Lawand Júnior pediu a Cid que convencesse o ex-mandatário a dar um golpe de Estado e ordenar uma intervenção militar no Brasil para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida em 1º de janeiro.
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